Vivemos um momento de completo descaso com praticamente, se não todos, setores públicos. Para alguns setores, a indiferença ou mesmo os ataques por parte dos governantes vem de longa data e são recorrentes, como o caso da Saúde e Educação.
Tanto que a crise instalada em ambos setores tem se generalizado de ...forma tamanha que está se tornando insustentável o exercício dessas profissões.
Não estamos enfrentando apenas um problema de gestão pública, como é colocado a todo o momento pelos próprios “gestores”, mas sim, estamos visualizando políticas estruturadas que visam esse fim.
Por que, os gestores preferem admitir sua “ineficácia” e deteriorar ainda mais os serviços públicos ao invés de buscar formas de solucionar os problemas?
A resposta está a nossa frente, porém, está escamoteada por uma série de desculpas: orçamentárias e com alegações de ineficiência do setor público.
Sinteticamente: a recente crise do capital, encarada como “marolinha” pelo então presidente da república, Luis Inácio, tem se demonstrado um tsunami.
No auge da crise, o governo batia no peito falando que os efeitos dela não atingiriam o Brasil e se atingissem seriam mínimos. A primeira vista parecia mesmo que quase não sofreríamos.
Com exceção, é claro, do setor produtivo, que amargou uma onda de demissões pouco, ou nada, divulgada.
No mais, a vida corria normalmente, com direito até o incentivo ao consumo, reduzindo Impostos como o IPI (Imposto sobre Produtos industrializados).
A bonança, porém, durou pouco. A ressaca do consumo gerada nesse período é sentida agora, com praticamente, toda população afundada em dívidas. O problema é que as dívidas não foram “apenas” individuais.
O pacote para conter a crise criada pelo governo para salvar os principais responsáveis por ela, ou seja, os bancos e empresas deixaram um grande rombo nos cofres públicos.
Para liquidar essas dívidas, adivinha a quem o governo recorreu? Justamente aqueles que nada têm a ver com ela, ou seja, os trabalhadores.
Por isso, estamos presenciando diariamente a venda de setores públicos, em forma de privatizações e concessões, e os ataques constantes aos direitos trabalhistas, como a flexibilização de direitos e congelamento de salários.
No nível nacional vemos o congelamento do salário de todos os funcionários público federais até 2019.
Em nível estadual a terceirização da Saúde, o descaso com o reajuste salarial dos professores.
A nível municipal, além da questão salarial dos funcionários do município, na ultima quinta feira dia 08 de junho, foi aprovado na câmara um projeto que praticamente extingue a alimentação do fundo previdenciário do município, isentando a prefeitura de contribuir com esse fundo.
Com todas as demonstrações já feitas, não temos para onde correr, não adianta esperar dias melhores e achar que o pior já passou, pois a cada dia o “pior” é reinventado, e caso não nos levantemos, seremos engolidos pelo efeito da “marolinha”.
* Jelder Pompeo é Técnico em Nutrição Escolar da Rede Municipal de Cuiabá, Graduando em Ciências Sociais pela UFMT e militante da INTERSINDICAL e da Alternativa Sindical Socialista.
* Jelder Pompeo é Técnico em Nutrição Escolar da Rede Municipal de Cuiabá, Graduando em Ciências Sociais pela UFMT e militante da INTERSINDICAL e da Alternativa Sindical Socialista.
Muito bom, Jeldis!
ResponderExcluir"Engraçado" é que essa questão reflete na movimentação(trabalhadores), né?
Sem trabalhadores > sem produção = necessidade.
Trabalhadores dependem de trabalhadores, estudantes dependem de trabalhadores. Enfim, é uma coletividade de dependência nesse movimento “civilizado”.
Apenas deixo os meus parabéns e uma breve reflexão :)
Abraços.
Bom dia, se existem pessoas que são contra o capitalismo selvagem, se é que isso existe, tenho uma sugestão: deixe de usar energia elétrica paara tomar banho, deixe de ir ao supermercado comprar comida, deixe de andar de carro e moto, não use roupas produzidas pelas fabricas capitalista, nem celular, nem internet, nem computador. É contraditório dizer que o capitalismo é selvagem e ao mesmo tempo utilizarmos os bens desse capitalismo selvagem. Se eu fosse contra o capitalismo, ia mudar para floresta e viver comendo castanha do pará, palmito, frutas selvagem, pescando com uma fecha e arco e pegando animais com armadilhas. NãO PODERIA USAR OS BENS DO CAPITAL PARA ESSAS AÇÕES. sERIA UM RADICAL CONTRA O CAPITAL. o DIFICIL É AS PESSOAS FAZER ISSO.
ResponderExcluiraPENAS PARA ENRIQUECER O DEBATE.
muito bom parabéns!
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